quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Essa semana última parte do relato de Rogério Menezes sobre o processo de criação do romance “Um Náufrago que Ri”.



Mais recentemente o escritor israelense Amós Oz escreveu algo sobre essa falsa dicotomia entre o real e o imaginário, entre a invenção e a memória, que bombardeia completamente essa idéia de que essa tal de autoficção (rótulo usado bobamente por alguns críticos literários) é pura e inexorável conversa fiada. Ele escreveu algo assim na autobiografia De Amor e Trevas: ‘Ou tudo é mentira ou tudo é verdade nos meus livros.’ Repito as palavras dele. Em Um Náufrago que Ri tudo é absolutamente mentiroso e tudo é absolutamente verdadeiro. Meu romance tem como matéria prima tanto a realidade e a memória quanto a fantasia e a invenção. Na verdade, para mim, escrever romances é navegar entre esses dois mundos com muito vigor, com muita inspiração e, claro, com finíssima ironia.

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